Antes eles eram limitados às áreas molhadas, até que o conforto térmico e a praticidade de manutenção, aliadas à variação de custo, fizeram com que os pisos frios visitassem outros cômodos da casa, inclusive os quartos. O conforto térmico deste tipo de revestimento, no entanto, acontece nas regiões quentes. Nos locais mais frios a madeira e o carpete ainda são as principais opções. Mas como Goiânia tem temperaturas que oscilam de quente a agradável, dificilmente fria, a escolha por revestimentos como a cerâmica e o porcelanato acaba se destacando.
A diferença entre os pisos cerâmicos e porcelanatos é uma dúvida bastante comum, dadas as semelhanças entre os materiais. No início da década de 1990, surgiu no mercado brasileiro o porcelanato, importado da Itália. Rapidamente tornou-se sensação por apresentar resistência mais alta do que a cerâmica comum e homogeneidade muito grande em suas peças, além de cortes com acabamento superior. Junto com seu surgimento, muitas lojas nas grandes cidades brasileiras se dedicaram quase que exclusivamente ao comércio de porcelanatos importados. Apenas em 1995 foi inaugurada a primeira fábrica brasileira do material.
Já o revestimento cerâmico sempre foi muito comum no Brasil. Desde a colonização portuguesa ele é utilizado por aqui. Antigamente, era realizado em produção artesanal e, com o passar do tempo, foi ficando cada vez mais industrializado.A diferença fundamental entre o revestimento cerâmico e o porcelanato está na tecnologia que existe por trás da manufatura destes produtos. O porcelanato possui um processo tecnologicamente mais complicado e um resultado mais controlado do que a cerâmica comum. Ele é feito com uma mistura de porcelana e diversos minerais, passando por uma queima a mais de 1200 graus. O resultado é mais homogêneo, muito denso, vitrificado e mais resistente do que as cerâmicas convencionais, além de ser menos poroso e, portando, ter um índice de absorção de água muito baixo. Sua durabilidade é realmente excelente por conta disto. Isso o torna adequado a locais com alto tráfego.
Mas isso quer dizer que o porcelanato é melhor do que a cerâmica? Nem sempre. Muitas cerâmicas são mais charmosas e com um acabamento mais interessante do que o porcelanato. O resultado estético está além das qualidades técnicas do produto e depende do padrão da peça, do tamanho, dos rejuntes e de como o material se harmonizará no ambiente em que será aplicado.Existem belíssimas cerâmicas artesanais, rústicas, e existem empresas especializadas em realizar estes produtos, que muitas vezes são bastante caros.
A verdade é que um produto não chegou para substituir ao outro, mas, sim, para se somarem às muitas possibilidades existentes na construção civil: ambos podem ser utilizados em revestimentos de paredes, prédios, pisos e até calçadas, sempre observando suas características técnicas quanto à resistência, abrasão, impermeabilidade, rejunte, etc. Alguns profissionais alertam, entretanto, que na dúvida entre qual material utilizar em seu projeto fica a dica: evite revestimentos que fingem serem outros materiais, conceito muito comum no mercado. O problema de um porcelanato que imita madeira ou mármore é que a tendência é ele ficar rapidamente datado. Daqui a alguns anos, você não aguentará mais conviver com este piso e a preocupação com a durabilidade do material terá sido em vão. Procure, portanto, um revestimento que tenha a ver com o resto do seu projeto, que não chame atenção demais e que atenda a seus desejos agora e a longo prazo.
TOME NOTA:
–Existem produtos específicos para a limpeza do porcelanato. Não use o que não está indicado porque pode provocar manchas.
– Para rejuntar porcelanato deve-se utilizar material flexível, à base de epóxi, que tenha tratamento antifúngico.
– A cera automotiva é ótima para lustrar os pisos de cerâmica e deixá-los sempre com cara de novos. Uma vez por ano, no entanto, recomenda-se o uso de removedores de cera para renovar o brilho do piso.
Très Jolie pour Renata Massafera 