Agnósticos e ateus mostram tanto caráter como religiosos

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ateu

Eu sempre ouvi a frase “leve seu filho a uma igreja e nunca irá visitá-lo na cadeia”. A sentença não especificava em qual igreja, mas revelava a importância de apresentar ao filho os valores de uma religião. Eu concordo com a ideia proposta, mas vou além: mais do que religião, é importante o exemplo e agir no bem só para agradar a Deus, por temor, não é suficiente. É preciso agir no bem pelo simples fato de que devemos viver sob o seguinte preceito: fazer aos outros o que gostaríamos que nos fizessem. A religião tem, sim, a meu ver, um papel muito importante na formação das pessoas, mas a principal mensagem que ela traz, além do amor, é respeito e o que se vê é uma briga enorme entre religiões e uma falta de respeito absurda. Guerras em nome de Deus, competições de qual igreja tem mais fiéis e um farisaismo mal disfarçado marcam o panorama mundial. E a falta de respeito se estende a quem não tem uma religião, ou seja, os ateus (que não acreditam em Deus) e os agnósticos (que não têm religião).

Não estou fazendo uma apologia à falta de religião ou questionando a existência de Deus. Ao contrário: eu, particularmente, tenho certeza da existência d’Ele, de Sua bondade e do Seu amor por nós. O que estou propondo é ampliarmos o respeito às diferenças, em todos os âmbitos, inclusive religiosos. Neste sentido, deixo a vocês um texto polêmico e muito interessante, que vai gerar muita reflexão e, espero, aumentar nosso respeito por pessoas que não participam de nenhuma igreja, não têm religião, mas agem no bem, são excelentes pessoas e, mesmo sem saber, fazem exatamente o que Cristo nos sugeriu: amar ao próximo como a si mesmo!

Liberem-se de preconceitos e tenham uma boa leitura!!!

Crianças sem religião nos EUA têm forte senso de moralidade, diz estudo
Longe de ser disfuncional, niilista e sem rumo, sem a suposta retidão pregada pela religião, as famílias seculares estão proporcionando aos seus filhos uma sólida base moral, baseando-se em um princípio simples: a reciprocidade empática
Mais crianças estão “crescendo sem Deus” do que em qualquer outro momento na história dos Estados Unidos. Elas são descendentes de uma população secular em expansão que inclui uma relativamente nova e crescente categoria de americanos chamada de nones. São assim apelidados porque afirmam não acreditar em “nada em particular“, de acordo com estudo de 2012 pelo Centro de Pesquisas Pew.
O número de crianças sem religião tem aumentado significativamente desde a década de 1950, quando menos de 4% dos americanos relataram que cresceram em uma família não religiosa, segundo estudos recentes.
Esse número atingiu a casa dos dois dígitos quando um estudo de 2012 mostrou que 11% das pessoas nascidas depois de 1970 disseram que tinham sido criadas em lares seculares. Isso pode ajudar a explicar por que 23% dos adultos nos EUA afirmam não ter religião, e mais de 30% entre as idades de 18 e 29 dizem o mesmo.
Então como tem sido a formação moral dessas crianças que não oram antes das refeições nem vão à escola dominical? Vai indo muito bem, ao que parece.
Longe de ser disfuncional, niilista e sem rumo, sem a suposta retidão pregada pela religião, as famílias seculares estão proporcionando aos seus filhos uma sólida base moral, de acordo com o professor de sociologia Vern Bengston.
Por quase 40 anos, Bengston tem supervisionado o Estudo Longitudinal de Gerações, que se tornou o maior estudo da religião e da vida familiar conduzida em várias extratos geracionais nos Estados Unidos.
Quando notou que crescimento dos nones estava se acentuando, Bengston adicionou em 2013 as famílias seculares em seu estudo, na tentativa de entender como está ocorrendo as influências entre as gerações dos sem religião.
Ele ficou surpreso com o que encontrou: altos níveis de solidariedade familiar, com proximidade emocional entre pais e jovens não religiosos, e fortes padrões éticos e valores morais transmitidos de uma geração para outra.
“No estudo, muitos pais não religiosos eram mais coerentes e apaixonados por seus princípios éticos do que alguns dos pais religiosas“, disse Bengston.
“A grande maioria parecia ter metas firmadas por valores morais e uma vida com propósito.”
Minha própria pesquisa em curso entre os americanos seculares — e de outros cientistas sociais que voltaram recentemente o seu olhar sobre a cultura secular — confirma que a vida familiar de não religiosos está repleta de valores morais de sustentação e de preceitos éticos enriquecedoras.
Destacam-se nessas famílias a solução racional de problemas, a autonomia pessoal, a independência de pensamento, ausência de punição corporal, um espírito de “questionar tudo” e, acima de todo, a empatia.
Para as pessoas seculares, a moral se baseia em um princípio simples: a reciprocidade empática, conhecida como “Regra de Ouro”. Tratar os outros como você gostaria de ser tratado. É uma antiga, imperativa ética universal. E não requer crenças sobrenaturais.
Debbie, a mãe em uma dessas famílias, disse: “A maneira de ensinar aos filhos o que é certo e o errado é incutir neles um sentimento de empatia. É tentando lhes dar a sensação de como é estar do outro lado de suas ações. E eu não vejo nenhuma necessidade de Deus nisso.”
“Se a sua moral é toda ligada a Deus, isso significa que o seu universo moral pode desmoronar a qualquer momento, em situação em que a existência do sobrenatural possa ser colocada em dúvida. A forma como estamos ensinando nossos filhos não se preocupa no que eles possam escolher em acreditar mais tarde. Mesmo que se tornem religiosos ou qualquer outra coisa, eles ainda vão ter essa estrutura de pensamento.”
Estudos de 2010 da Universidade de Duke descobriram que os adolescentes seculares quando amadurecem estão menos propensos ao racismo do que os jovens religiosos.
Estudos psicológicos mostram que adultos seculares tendem a ser menos vingativos, menos nacionalistas, menos militaristas, menos autoritários e mais tolerantes, em média, do que os religiosos da mesma faixa etária.
Uma pesquisa recente mostrou também que as crianças nones tendem a permanecer sem religião à medida que envelhecem.
Adultos seculares são mais propensos a compreender e aceitar a ciência sobre o aquecimento global e também apoiam mais a igualdade das mulheres e os direitos dos homossexuais.
Os ateus eram quase ausente da população carcerária até 1990, compreendendo menos de metade de 1% dos presidiários, de acordo com pesquisa do Federal Bureau of Prisons.
Isso reflete o que a criminologia tem documentado por mais de um século: os sem igrejas e os não religiosos se envolvem muito menos em crimes.
Outro fato significativo: os países democráticos com os mais baixos níveis de fé religiosa — como aSuécia, Dinamarca, Japão, Bélgica e Nova Zelândia — têm as mais baixas taxas de crimes violentos do mundo e desfrutam de altos níveis de bem estar social.
Eu sei da angústia de pais seculares quando eles não conseguem ajudar seus filhos. Por isso, cabe a pergunta: eles estariam cometendo um erro ao criar seus filhos sem religião?
A resposta inequívoca é não. Crianças educadas sem religião não carecem de virtudes, e elas devem ser muito bem recebidas na sociedade como um grupo que está crescendo.
Phil Zuckerman

Eu não disse isto!

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lembrar (380)

Hoje em dia não dá mais para acreditar em tudo o que se lê na internet. Fernando Pessoal, Gabriel García Marques, Pablo Neruda, Arnaldo Jabor, só para citar alguns, têm frases creditadas a eles que quem os estuda a fundo e conhece bem suas obras sabe que o crédito é infundado. Só para citar dois que me deram entrevista e que comentaram o assunto: Tim Maia, quando morava no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro, me recebeu na sua casa e contou que muito boato que atribuiam a ele não passava de mentira. Um deles era a músiva “Gostava tanto de você”, que já disseram ter sido feita por “n” motivos, quando na verdade foi feita quando ele queria de volta a mulher que partiu enquanto eles estavam no exterior. Nada de morte. Nada de filhos. Só uma dor de amor.

Mais recentemente entrevistei a brilhante Martha Medeiros que esclareceu que ela sequer tem perfil no Facebook. Seu nome, no entanto, com fotos e tudo o mais, está em várias páginas ditas de sua autoria. O mesmo acontece com frases que atribuem a ela. Muitas são, de fato, extraída de seus livros. Boa parte, no entanto, nunca foi dita ou escrita pela autora. Ela deixou claro o quanto isto a incomoda e pediu que mesmo os bens intencionados coloquem perfis verdadeiros, ainda que o propósito seja divulgar suas obras.

Isto nos mostra a fragilidade das informações contidas na internet. Se a rede surgiu para facilitar nosso trabalho de pesquisa, para diminuir distância, aproximar amigos e também nos proporcionar a oportunidade de ter acesso a um mundo de informações, ela também traz muita coisa negativa: a super exposição de nossas crianças e adolescentes, o acesso a material indevido, a disseminação de boatos, inverdades e o uso até mesmo para crimes virtuais.

Ou seja, está mais do que na hora de usarmos o que melhor temos para poder frear um pouco esta onda de mentiras que circulam na rede. Chequem! Chequem sempre todas as informações com várias fontes antes de repassá-las. Não vamos ser levianos repassando fotos de crianças perdidas, de pessoas acusadas deste ou daquele crime, por mais bem intencionados que estejamos. Vale a pena checar se a informação procede porque, como já dizia o sábio, uma palavra uma vez proferida é como uma pedra ao vento, não se sabe onde vai atingir.

Já vi um caso de uma foto de criança que estava sendo divulgada como perdida e que era, no entanto, filha de um médico famoso. A brincadeira de extremo mau gosto foi feita por alguém que queria fazer uma retaliação por não ter sido atendido como esperava. Tommy Hilfiger, o estilista americano, teve que ir no programa da também norte-americana Oprah Winfrey para desfazer um boato que foi divulgado no Face de que ele não fazia roupas para latinos. O boato trouxe prejuízo e causou muita confusão e ele teve que se desdobrar para desfazer o problema, uma vez que seus fiéis consumidores são, em grande parte, latinos.

Enfim, chequem. Sempre. Procurem sites idôneos, jornais impressos, revistas, enciclopédias. Livros. Não se atenham à informação que nos é jogada goela abaixo. Com isto você estará promovendo duas ações úteis: aumentando seu conhecimento e evitando que pessoas más intencionadas tenham êxito em suas aberrações.

Boa semana a todos!

 

 

O visionário que marcou a moda mundial

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Très Jolie pour Renata Massafera

Conhecido como o visionário da moda e por ter sucedido com extrema competência John Galliano na Givenchy, em 1996, o estilista Lee Alexander McQueen nasceu em Londres, em 1969. Filho de um taxista e uma dona de casa, o caçula de seis filhoscomeçou a trabalhar com moda bem cedo. Aos 16 anos, desistiu de estudar e resolveu ser aprendiz dos alfaiates de SavileRow, a rua de moda masculina mais famosa da capital britânica.De lá, ele se mudou para trabalhar com o figurinista teatral Angels and Bermans, que o ajudou a se especializar em alfaiataria melodramática, o que acabou se tornando uma assinatura de McQueen.
Com 20 anos ele foi contratado pelo designer Koji Tatsuno, que também tinha suas raízes em alfaiataria britânica. Um ano depois McQueen viajou para Milão, onde foi empregado como Romeo Gigliï como assistente de design. Em seu retorno a Londres, ele completou um mestrado em Design…

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Então é Natal!

Sem categoria, Um dedinho de prosa

 

Delvana

Delvana Di Bello é uma profissional super dinâmica, com projetos para lá de interessantes. A entrevistei para uma matéria bem bacana que será publicada na edição especial do O Combate, sobre “até quando devemos incentivar as crianças a acreditar em Papai Noel?”. Aproveitei a oportunidade e o clima natalino para trazer para vocês a opinião de Delvana sobre esta época tão mágica. Confiram aqui no Très Jolie o que ela tem a dizer:

          “A cada Natal e Ano Novo penso na preciosidade que temos para sentir emoções. É um exercício que me faz sentir a vida, a sabedoria, a evolução, a paz, a solidariedade, as minhas escolhas e o outro. O outro tem um espaço muito importante em minha vida. É muito bom sentir gratidão e amor.

Diante desse movimento, escolhi escrever sobre o sentido. O sentido é como o Graal e desperta em mim, fascínio. Um tesouro interno e precioso, que para alguns ainda precisa ser descoberto, desvendado, enquanto que para outros já faz parte do viver.

Só o viver é capaz de produzir sentido.

Sentir, amar, refletir, indagar e transformar a nossa existência tem um efeito liberalizante, gratificante, e cheios de significações. Por essa razão é que devemos pensar no que vivemos e como vivemos, em nossas escolhas e na maneira de expressá-las, tornando o passado mais rico, significativo e profundo, e o presente em um momento mais humanizado e real.

O Natal proporciona uma atmosfera em que as pessoas ficam crentes de que realmente está acontecendo alguma coisa importante.  Acho que é uma data abençoada por proporcionar esse fenômeno. A confraternização e a troca reforçam essa mistura fraterna. Creio que essa época traz magia e encantos, embora, para alguns; tristeza, solidão, dor e luz divina.

Iluminar a vida é uma tarefa que envolve amor e gratidão, sem eles tudo se torna mais moroso e difícil. A gratidão toca a alma, a bondade e o amor a engrandece. Essa data proporciona uma fervorosa expressão de sentimentos e emoções que comungam com o que estamos sentindo.

Para a psicanalista Melanie Klein (1946-1960), a gratidão está intimamente ligada à confiança em figuras boas. No Natal, essa conexão se faz presente, quando cativamos amizades, cuidamos dos vínculos existentes ou até mesmo quando retornamos uma simples ligação.

São pequenas demonstrações do que sentimos, do sentido que o outro tem em nossas vidas. O existir dá trabalho, o trabalho de manter, resgatar e sustentar, de evitar que se torne apressado e efêmero. Muitas vezes, é um movimento de compreensão de sentimentos contraditórios. Por isso, sou grande apreciadora da psicanálise, pois para ela; ganância, ambição, movimentos bruscos de desejos imediatistas e ritmos frenéticos, são atitudes que impedem a contemplação da paisagem ao longo do caminho. Ela é suave e nos traz para o que é real. É uma aproximação ao amor, à amizade, à gratidão, buscando um olhar que esteja integrado a si mesmo é como vivemos.

Em sua beleza mais singular, o sentido de uma existência está intimamente ligado ao amor e a bondade. Esse sentido se torna mais dificultoso se atrelado à impulsividade, à inveja, à violência e à posse de verdades absolutas, que é muito diferente de senso de verdade absoluta.

Se deixarmos nossa mente preparada apenas para percebemos o óbvio, deixaremos de notar o novo, o possível, o exótico, o belo, o inusitado, enfim, a vida que está sendo apresentada.

O psicanalista Bion (1897-1979) recomenda a escuridão para que possamos notar os mais frágeis sinais de luz e paz interior. Acredito que seja um exercício necessário, embora possa ser dolorido e impactante.

Por isso, nada melhor do que apreciarmos tudo o que gostamos nessa data. Fica com uma tonalidade mais viva e cheia de novos encantos.

Feliz Natal e um ótimo Ano Novo.

Com carinho, Delvana”

Empresas e profissionais multifacetados

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servi

Você está com problemas em sua casa? Pequenos problemas com encanamentos?Lustres com lâmpadas queimadas?Armários e portas emperradas ou despencadas?Chuveiro pifou? Chame o marido de aluguel” ou “Faz tudo” e até mesmo “Da limpeza de sua casa aos reparos que ninguém conseguiu ou não quis fazer” são apenas algumas das propagandas que aumentam dia a dia não só na internet, mas também em panfletos espalhados pela cidade e anúncios em listas telefônicas. Achar um profissional qualificado e que tenha disponibilidade na hora que você precisa está sendo cada vez mais difícil. Para suprir esta demanda surgiram empresas consideradas multifacetadas, já que oferecem serviços que vão desde a instalação de cortinas, passando por problemas elétricos, até o reparo de problemas hidráulicos.

Chamadas de empresas de serviços gerais, algumas delas já adotaram o apelido de “empresas de marido de aluguel”, seguindo o exemplo de profissionais que trabalham sozinhos, mas executam diferentes tipos de serviços. Estas empresas e profissionais prometem agilidade e qualidade na execução dos mais diversos serviços. Algumas delas cresceram tanto que oferecem não só serviços de reparos, mas também de marcenaria e pintura e deixaram de atender apenas residências, passando a atuar também em clínicas e escritórios.

– Para utilizar os serviços de empresas e profissionais de serviços gerais, antes de mais nada, busque uma referência. O melhor é quando o profissional é indicado.

– Antes que o serviço seja executado, combine qual será o valor cobrado. Um problema que vem acontecendo com este tipo de profissional é deixar para dar o preço depois e cobrar um valor bem mais alto. Vale, neste caso, lembrar que “combinado não sai caro”.

– Marceneiros, eletricistas, encanadores, pintores são profissionais que fazem parte de sua obra. Se você já tem os de confiança e eles têm disponibilidade de atender com agilidade, vale a pena mantê-los.

Campanha ou guerra eleitoral?

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Nunca vi uma campanha política tão suja, uma disputa tão agressiva. Pouco se preocupa em discutir assuntos sérios e os candidatos e cabos eleitorais perdem muito tempo atacando o concorrente. Não defendo nem este e nem aquele partido. Nenhum dos dois candidatos chega a me convencer. Defendo, no entanto, a democracia, mas, acima de tudo, o respeito. Tenho visto pessoas perderem amigos por causa de política. Será que vale a pena?

Meu objetivo era fazer uma crônica sobre a precariedade do eleitor brasileiro, sobre a necessidade de discussões mais profundas, sobre a falta de objetivos comuns que nós brasileiros vivemos, sobre superar o corporativismo e pensar no bem comum, mas acabei desviando do objetivo. Lembrei muito de uma frase que gosto e que sempre me vem à cabeça: “Não concordo com uma palavra do que dizes, mas defendo até a morte o teu direito de dizê-las”. Achei propícia para om momento e fui pesauisar se esta frase era do Rousseau, do Baudelaire ou do Voltaire. Olhem só que bacana a pesauisa mais completa que encontrei. O historiador e filósofo juizforano Ivan Bilheiro escreveu o seguinte texto que compartilho com vocês:

“O pensamento filosófico – rico que é – já cunhou uma série de expressões que, bem empregadas ou não, tornaram-se largamente conhecidas. É o caso, para ficar em um só exemplo, da famosa máxima de Maquiavel: “os fins justificam os meios” (a qual figura no capítulo XVIII de sua magnum opus O príncipe). Nesta linha, no entanto, aparecem frases que, ainda tomadas como emblemáticas, não podem ser verdadeiramente creditadas aos supostos autores. É possível que existam diversas situações não esclarecidas em que isso ocorre – o que, diga-se de passagem, macula o estudo de Filosofia mais do que os próprios supostos autores. Mas há um caso ícone, o de François- Marie Arouet, mais conhecido pelo cognome Voltaire (1694-1778).

Apesar de ser frequentemente citada, inclusive em livros didáticos, como síntese de uma fi- losofia, a frase “Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo” (que pode aparecer escrita com algumas pequenas variações) não é fruto da sagaz pena de Voltaire. Todo um retrato do pensamento voltairiano foi construído em torno a essa citação, tomando o filósofo, a partir daí, como um iluminista plena e irresolutamente comprometido com a liberdade de expressão, cuja bandeira de luta seria a tal frase, assimilada como um lema. Uma busca pelos escritos de Voltaire, entretanto, planta a dúvida: onde está a afamada afirmação? A investigação por esse caminho é, contudo, vã, pois não há, em nenhum texto do filósofo, a preciosa frase. Algo tomado quase pacificamente como o resumo do pensamento voltairiano revelando-se apócrifo é mesmo o germe de uma pesquisa, e a investigação revela-se frutífera.

Nota-se, portanto, que a expressão “Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo” é uma daquelas frases que muitos leram, alguns citaram e quase ninguém pesquisou de onde verdadeiramente veio (e de quem é!). Há um grande risco na falta de precisão em casos assim, porque uma falsa atribuição nem sempre enobrece um autor.

Condorcet
Marie Jean Antoine Nicolas de Caritat, o marquês de Condorcet (1743-1794), foi um filósofo e matemático ligado à Revolução Francesa. É autor da obra Ensaio sobre o cálculo integral e fez parte da Academia de Ciências de Paris a partir de 1769.
Na verdade, como pode-se verificar, a tão citada frase foi elaborada por uma biógrafa de Voltaire, em uma obra do início do século 20 – portanto, bem distante do período de vida e produção do filósofo francês. Em um livro de 1906 chamado Th e friends of Voltaire (“Os amigos de Voltaire” – tradução livre), publicado em Londres pela Smith, Elder & Co., a escritora Evelyn Beatrice Hall (1868-c. 1939) – que durante um tempo usou o pseudônimo S. G. Tallentyre – trata de dez figuras notáveis com quem seu biografado, de alguma forma, se relacionou. São eles: D’Alembert, Diderot, Galiani, Vauvenargues, D’Holbach, Grimm, Turgot, Beaumarchais, Condorcet e Helvétius. É na parte dedicada a este último que a biógrafa apresenta a frase “I disapprove of what you say, but I will defend to the death your right to say it” (“Eu discordo do que você diz, mas vou defender até a morte seu direito de o continuar dizendo”, em tradução livre).

Talvez por uma questão de estilo, Evelyn Hall colocou a frase entre aspas e a construiu em primeira pessoa, o que acabou gerando a confusão e a falsa atribuição. Mas, de fato, a intenção da escritora era resumir o posicionamento que Voltaire teria adotado com relação ao banimento de um livro de Claude-Adrien Helvétius (1715-1771), outro filósofo francês com quem ele teve certo desacordo. Em 1758, Helvétius publicou o livro De l’espirit, o qual foi condenado pela Sorbonne, pelo Parlamento de Paris e até pelo Papa, chegando a ser queimado. Apesar do desacordo explícito com relação ao pensamento de Helvétius, Voltaire não acreditava que o banimento daquele livro fosse um ato correto. Foi a atitude de Voltaire frente a esta situação que Evelyn Hall tentou resumir com sua frase, inadvertidamente escrita entre aspas e em primeira pessoa.”

Hummm, que ambiente gostoso!

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clima

Vamos combinar: sair do calor da rua e entrar em um ambiente fresquinho, como diria uma propaganda de cartão de crédito, “não tem preço”. Nos locais mais quentes, como, por exemplo, a nossa região, ter um sistema de climatização em casa, no trabalho e no carro deixou de ser um luxo. O uso de ventiladores até ameniza o calor, mas para transformar esta forma de energia em outra, só mesmo fazendo a conversão proposta pelos aparelhos de ar condicionado. Como o calor é energia, não pode ser destruído, somente transformado e aí entra o solícito ar condicionado, nos mais diferentes modelos e nas mais diversas potências.

Já que a proposta é refrescar-se, fique atento: hoje em dia quando precisamos comprar um ar condicionado nos deparamos com uma grande quantidade de marcas e modelos, o que torna difícil decidir sobre qual é o melhor. Como escolhê-lo? Longe de depender da sorte, ou aceitar a sugestão do vendedor, para escolher o ar condicionadobasta levar em conta duas premissas: defina quantas BTUsprecisa ter e qual melhor se adequa à sua construção.

Para definir a quantidade de BTUs necessária, o primeiro passo é calcular quanto calor entra ou é gerado dentro de um ambiente. Esse cálculo se chama carga térmica. Após saber quantas BTUso ar condicionado precisa ter, vem a escolha do tipo.Hoje, para um ambiente doméstico ou empresarial de pequeno porte, há quatro tipos: o de parede (mais tradicional), o split, o portátil e o chiller (ou central). O ar condicionado de parede é o mais conhecido, barato e facilmente encontrado no comércio. Quase todos os técnicos de refrigeração têm condições de repará-los e suas peças são facilmente encontradas. Normalmente o próprio comprador consegue instalá-lo. Não são, no entanto, tão silenciosos nem a melhor opção estética.

Os portáteis ganham pontos na praticidade, podendo ser deslocados, mas também devem ter um local próprio para jogar o ar quente. Muitas vezes os tubos conectados a eles são colocados em aberturas nas janelas. O split (que significa “dividido”) possui duas partes, uma fica no interior do ambiente e a outra, fora. Possui baixíssimo nível de ruído e oferece modelos que proporcionam uma ótima opção estética. Para ambientes grandes o mais sugerido é o ar condicionado central, que proporciona a climatização de vários ambientes simultaneamente. São os mais caros e extremamente silenciosos. Sua operação e manutenção também são mais “salgadas” do que dos demais.

TOME NOTA

Aparelhos com BTUs aquém da capacidade exigida pelo ambiente além de não refrescarem tanto têm a vida útil reduzida e aumentam o consumo de energia.

O aparelho deve ser colocado em uma posição na qual tenha acesso ao ar externo. É interessante evitar que fique exposto ao sol, por isto instalá-lo em paredes voltadas para o Leste ou para o Sul é a melhor escolha.

Quer economizar energia? Procure aparelhos rotativos ou de velocidade variável.

Para ser mais eficiente e condizente com as instalações elétricas da construção, o ideal é que o sistema seja pensado simultaneamente ao projeto.

Massoterapia: terapêutica, relaxante e estética

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massoterapia           Massoterapia é a aplicação de técnicas de massagem para finalidade terapêutica, relaxante e estética. Esta é a definição básica de massoterapia, mas na verdade, hummm!,massoterapia é uma delícia, é uma arte, é a possibilidade de se colocar aos cuidados de especialistas que vão proporcionar momentos inesquecíveis de relaxamento e oferecer soluções terapêuticas e estéticas.A massoterapia, que inclui muitos tipos de técnicas, alivia dores musculares e estimula a circulação sanguínea. Além disso, auxilia o sistema linfático, o que ajuda a eliminar os resíduos metabólicos no corpo.

A  massoterapia tem uma ampla gama de opções tanto de massagem relaxante, quanto estética e terapêutica.“Na massagem relaxante o trabalho é mais com os músculos no sentido de proporcionar uma sensação confortável, permitir que a pessoa possa mesmo relaxar. Dentro deste tipo de massagem, há a anti-estresse, que trabalha os meridianos e pontos de acupuntura, e também a massagem com pedras quentes. O ideal é fazer pelo menos duas vezes por semana, mas a quantidade de sessões semanais depende, diretamente, do estado em que está a pessoa.

Já a massagem terapêutica pode ser localizada – apenas onde a pessoa está sentindo dor -, shiatsu (uma terapia corporal que utiliza pressões com os dedos ao longo do corpo) ou até mesmo uma drenagem linfática pós-operatória. A reflexologia também pode ser usada como terapia. Há pacientes que são atletas, corredores, e que têm flacite plantar e se submetem à reflexologia como forma de melhorar. Mas, o que é mesmo reflexilogia? É a técnica que leva em conta que a planta, o dorso e as laterais dos pés têm um “mapa” de todo o organismo e cada ponto representa uma região específica, como um órgão, ou uma glândula.

Quando o assunto é estética, a massoterapia vem auxiliar oferecendo a drenagem linfática, que combate o inchaço e a celulite, e a massagem modeladora, que trabalha para a redução da gordura localizada. Há também a massagem facial japonesa, que é excelente para eliminar linhas de expressão. É uma espécie de lifting natural. Este tipo de massagem também é largamente usado como terapia, uma vez que a facial japonesa ajuda na movimentação dos músculos da face, que podem sofrer com sequelas de AVC, por exemplo.

Atualmente a demanda pela massoterapia é igual entre homens e mulheres e  as várias técnicas só não são indicadas para quem tem câncer ou problemas linfáticos. As demais pessoas não só podem, como devem fazer, inclusive as gestantes. As manobras da massoterapeuta são mais importantes do que o creme que vai ser utilizado, portanto escolher um profissional capacitado é a melhor maneira de conseguir um bom resultado. Sem contar que profissionais capacitados sempre vão utilizar produtos de qualidade, embora o creme acabe sempre sendo apenas um coadjuvante no tratamento.

Mil e uma utilidades

O termo massagem vem do francês massage, palavra inspirada em massa – a massa do pão – e nos movimentos feitos com as mãos pelos padeiros na sua confecção. A massagem ficou famosa na Europa no século XIX, vinda da Suécia onde o esgrimista Per HenrikLing criou o Real Instituto de Ginástica, para desenvolver técnicas de tratamento para problemas músculo-esqueléticos. Nesse instituto foi criada a massagem sueca, que depois se popularizou no resto do continente europeu, embora a massagem já fosse conhecida na Europa, desde a antiguidade, só que não contava com uma sistematização, um nome. Hipócrates – o pai da Medicina – e Galeno usavam a massagem como uma de suas armas terapêuticas. Há indicativos que a massagem é mais antiga ainda, tendo sido usada por médicos chineses e indianos desde tempos imemoriáveis. Hoje em dia escolas orientais, o Shiatsu e a massagem ayurveda, são as correntes mais fortes de massagem que existem no mundo em termos de fama, aceitação e número de praticantes.

Em uma visão simplista, a massagem tem utilidade apenas para problemas musculares. No entanto, o que estudos demonstram é que ela tem um potencial muito mais amplo de benefícios à saúde: reduz a ansiedade e pode minimizar o humor depressivo; possui capacidade de reduzir a dor; e combate o estresse, entre outros benefícios. A massagem ainda ajuda na circulação periférica, em especial para auxiliar a remoção de fluidos pelo sistema linfático. Por isso, tem sido indicada em casos de edema, em especial, causados pela remoção cirúrgica de gânglios linfáticos. Pode ser empregada ainda em constipação intestinal (intestino preso) para estimular os movimentos peristálticos e com isso ajudar a recuperar o ritmo intestinal.

Seus benefícios não se limitam aos adultos. Em crianças muito pequenas ela representa um estímulo que melhora a imunidade e o desenvolvimento do sistema nervoso. Por isso vários trabalhos com recém-nascidos, em especial em populações com baixo nível social, mostram que a massagem acalma, melhora o sono, aumenta a velocidade de ganho ponderal e até reduz a mortalidade por doenças em geral. Já nos idosos ela ajuda a resolver problemas como dor, ansiedade, edemas nas pernas e depressão. Isto tudo acontece porque quando massageamos a pele produzimos estimulações nervosas que explicam a maior parte de suas ações. Parte desses estímulos, por uma ação reflexa direta na medula espinhal, causa redução do tônus muscular, o que gera um bem-estar com relaxamento. Esses mesmos estímulos vão causar um bloqueio na condução nervosa das fibras de dor, num mecanismo conhecido como “portão medular da dor” e, com isso, há um alívio de sensação dolorosa. Os estímulos que chegam ao cérebro causam uma redução da reação de estresse, que se traduz por uma redução do cortisol e uma elevação da serotonina. Os estímulos da massagem, por fim, atuam diretamente sobre os tecidos e podem ser usados para impulsionar os fluidos nos vasos linfáticos.

O visionário que marcou a moda mundial

Desabafos semânticos, Sem categoria

Conhecido como o visionário da moda e por ter sucedido com extrema competência John Galliano na Givenchy, em 1996, o estilista Lee Alexander McQueen nasceu em Londres, em 1969. Filho de um taxista e uma dona de casa, o caçula de seis filhoscomeçou a trabalhar com moda bem cedo. Aos 16 anos, desistiu de estudar e resolveu ser aprendiz dos alfaiates de SavileRow, a rua de moda masculina mais famosa da capital britânica.De lá, ele se mudou para trabalhar com o figurinista teatral Angels and Bermans, que o ajudou a se especializar em alfaiataria melodramática, o que acabou se tornando uma assinatura de McQueen.
Com 20 anos ele foi contratado pelo designer Koji Tatsuno, que também tinha suas raízes em alfaiataria britânica. Um ano depois McQueen viajou para Milão, onde foi empregado como Romeo Gigliï como assistente de design. Em seu retorno a Londres, ele completou um mestrado em Design de Moda no Central Saint Martins e antes mesmo de se formar, lançou sua grife. Caiu nas graças da professora Louise Wilson e, mais tarde, também chamou a atenção da editora de moda Isabela Blow. Nas passarelas de Paris sua própria marca chamava a atenção pelas apresentações teatrais e surpreendentes.
Reconhecido como o gênio da alta-costura, seu estilo trazia influências góticas em peças contemporâneas, que revelavam o contraponto entre fragilidade e força, tradição e modernidade. Alexander McQueen é conhecido por sua força emocional e pelo uso de matérias-primas energéticas, bem como a natureza romântica, mas decididamente contemporâneo nas coleções. Integral à cultura, McQueen é a justaposição entre os elementos contrastantes: a fragilidade e a força, tradição e modernidade, fluidez e intensidade. De um ponto de vista emocional e até mesmo abertamente apaixonado se fez com um profundo respeito e influência para a tradição artística e artesanal. As coleções de Alexandre combinam conhecimento profundo e trabalho de alfaiataria britânica sob medida, o fino acabamento dos ateliers franceses de alta costura e o acabamento impecável da fabricação italiana.
Já desenhou roupas para as personalidades como Björk, Beyoncé, Fergie, Rihanna, Janet Jackson, Mary J. Blige, Lady GaGa, Naomi Campbell, Sarah Jessica Parker, Br. Pionório, Cameron Diaz, Sandra Bullock, Cate Blanchett, Anna Paquin, Katie Holmes, Camilla Belle, Michelle Obama e o Príncipe Charles.No casamento de Guilherme de Gales (príncipe William) com Kate Middleton a noiva usou um vestido da marca McQueen, criado por Sarah Burton, então diretora criativa.
McQueen era abertamente gay. No verão de 2000, casou com o documentarista George Forsyth. Foi encontrado morto no seu apartamento em Londres no dia 11 de fevereiro de 2010, após cometer suicídio, de acordo com o jornal Daily Mail. A morte de Alexander McQueen ocorreu dias antes da Semana de Moda de Londres. Apesar de seu desejo de que a grife se encerrasse com sua morte, foi sucedido por Sarah Burton. A exposição de seus modelos no Metropolitan Museum, em Nova York, no ano retrasado, levou milhares de fãs a ficarem horas na fila. E, eu, é claro, fui uma delas! Valeu a espera. Alexander McQueen mereceu.

Desfile em NY

O estilista que encantou a realeza inglesa

Exposição no Metropolitan, em NY